quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tifo epidémico.
O tifo epidémico, coloquialmente referido simplesmente como Tifo, é uma doença epidémica transmitida por piolhos, parasitas comuns no corpo humano, e causado pela bactéria Rickettsia prowazekii.
O tifo é uma doença causada pela R.prowasekii, distinta e não relacionada à Febre tifóide que é causada pelas Salmonella. Há outras formas semelhantes ao Tifo, como Tifo endémico causado pela R.typhi e Tifo do mato causado pela Orientia tsutsugamushi (antigamente R.tsutsugamushi).
Epidemiologia
O tifo epidémico foi durante muito tempo uma causa importante de epidemias mortíferas na Europa (especialmente Europa de Leste e Rússia) e Ásia. Hoje em dia está erradicada na Europa, e em outras regiões quando surge as medidas de saúde pública geralmente previnem o aparecimento de epidemias. Existem casos esporádicos na América do Sul, Ásia e África.
Infecta os piolhos do corpo humano Pediculus humanus corporis, mas é rapidamente mortal para eles também, logo as epidemias que surgem têm de ser de transmissão rápida, exigindo grande número de pessoas e piolhos susceptíveis, como em exércitos e outras aglomerações. É por essa razão que as epidemias são facilmente evitáveis por medidas simples de higiene das roupas, e banho regular.
Progressão e sintomas


Exantema no peito de homem com tifo epidémico, no Burundi
É transmitido pelo piolho humano do corpo Pediculus humanus corporis, (mais raramente pelo piolho dos cabelos), que os excretam nas suas fezes, invadindo o ser humano através de pequenas feridas invisíveis. A incubação é de 10 a 14 dias, enquanto as bactérias se reproduzem no interior de células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos, libertando a descendência para o sangue de forma continua, com inflamação dos vasos (causa do eritema).
A febre alta surge após essas duas semanas, seguida do exantema (eritema) em manchas após mais quatro a sete dias.
A mortalidade é de 20% se não tratado convenientemente, mas em algumas epidemias em desnutridos pode chegar a dois terços.
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Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito através da detecção de anticorpos específicos contra a R.prowasekii no soro sanguíneo do doente. Também é possível a observação microscópica após cultura de amostras em meios com células vivas (recolhidas de ovos fecundados de galinha). Podem-se confirmar os achados por detecção de DNA através da técnica de PCR.
O tratamento é com antibióticos, sendo a primeira escolha as tetraciclinas. Existe uma vacina que não é muito eficaz.

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